terça-feira, 19 de junho de 2007

Como o vento

Sem nenhum motivo
Eu o abraçarei
E sentirei o pesar das horas nos seus ombros
Você, tão concentrado no mundo lá fora
Não enxergará o que foi construído aqui dentro
Então eu passarei como o vento
Tão vazio e invisível
Diante dos seus olhos
E você verá como as horas curam as feridas
Mas não cura a dor...
Sem querer eu marcarei a minha presença no seu coração
E você sentirá ele pesado
Porque sente que há algo errado
E não sabe o que...
Quando foi que eu decidi passar?
Quando você decidirá me alcançar?
Acho que há algo de errado com o tempo
Quando foi decidido que esquecer é mais fácil
E que é errado esperar...
Sei que eu caminharei para o esquecimento
Todas essas vezes que eu o abraçar
Não quero mais tentar te dizer
O que já foi espalhado
O que há de errado com a minha dor
Quero apenas fechar os olhos
E sentir que tudo já passou...

Priscila de Athaides – 02/10/04

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