sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

By Mary


Assinatura q a Mary fez pra mim, tah linda!!!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

A Mulher Canela


As luzes ascendem

A mulher canela

De olhos negros

Flameja amor dos lábios

Enquanto o cheiro da bebida quente

De chocolate cremoso

Derrete-se na fumaça das cinzas

De tempos afundados pelas horas

Passado perdido na memória

De auroras preenchidas por outro começo...

Dance senhora, dance!

Como a serpente emplumada

Em seu ritual divino

Movido a cacau

Os deuses estão soprando milagres

Em seu ventre enlouquecido

Enquanto o chocolate derrete na boca

O sabor adocicado de prazer e de culpa

O cheiro aromatizante que invade a mente

A mulher canela que me abraça

Em sua dança proibida...

Priscila de Athaides – 07/12/2007

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Pirulito


Meu amiguinho Phanta com um pirulito na mão!

Gira pirulito gira

Caminhos brancos

Caminhos vermelhos

Caminhos azuis

Caminhos doces

Caminhos simples

Tijolos amarelos...

Gira pirulito

Derretendo nos lábios de uma criança

Que cresce e que muda os trajetos

Caminhos ramificados

Escuros e vazios...

Pirulito que bate-bate

Quem gosta de mim sou eu

Alcançando os céus

Pulando amarelinha

Correndo atrás de aventuras

Ninando a boneca de pano

Façanha nos olhos de uma criança...

Dizem que as fadas existem

Voando na mente suave

Da garota que sonha acordada

Que pula corda

Mergulha entre as flores cheirosas

E cai no país das maravilhas

Toma chá com a lebre maluca

Corre atrás do coelho branco

Joga críquete com a rainha de copas

Desvenda adivinhações do chapeleiro louco...

Louco está o mundo

No dia que tudo se esvai

E o pirulito seca

Amargando na boca...

Priscila de Athaides – 04/12/2007

Os Picos Gêmeos

Nasce o sol por trás dos picos gêmeos

Nasce para os que não dormem mais

Dançando o ritual da senhora da noite

Dizem ser a mãe da terra

Falam que o seu cheiro corre no ar

Excitando os homens

Enchendo o ventre das mulheres de vida...

E os picos é a sua morada

O monte Olímpio da senhora antiga

Na memória dos homens etéreos,

Aqueles que ainda respiram

O ar leve da senhora da vida

Perdida nos velhos picos...

E os picos gêmeos parecem dançar

Ao brilho do sol que queima

Dizem ser a mãe da terra

Soando o seu cantar diurno

Enquanto Apollo atira os seus raios

Na mente dos homens terrestres

As palavras de Sofia adormecida

Por trás do véu da vida...

E nasce a vida em meio às palavras

Da senhora esquecida

Que renasce engrandecida

Nos picos gêmeos

No sol que brilha

No vento que sopra

Palavras da formosa Sofia.

Priscila de Athaides – 04/12/2007

Olho Você

Eu me olho em você

Mais uma vez

Essa pessoa estranha que fala por mim

Todas as palavras tortas

E diz que eu sou assim

Enquanto eu digo que não...

Eu olho você

Atravessando as barreiras dos mundos,

Paralelos que não se cruzam

Quando não olho você.

Eu quero enxergar além

Você, tão invisível

Vê em mim

Apenas uma criança temerosa

Escondendo-se para não se entregar

As suas palavras mortas.

Eu olho você

Novamente

Eu caminho pra trás

E colo os lábios

Deixo você entrar

E correr em meus pensamentos

Até onde os pensamentos permanecem frescos

E nunca mais...

Olho você.

Priscila de Athaides – 04/12/2007