domingo, 30 de agosto de 2015

Morte

O sangue que corre a mente
Esse sangue acabou
O pulso esta aberto
A esperança alguem me tirou

O sangue que corre em minhas mãos
Esse sangue negro, esse sangue sujo
Jorra como um rio
Esse sangue frio, esse sangue mudo

O sangue que me corrompe
Em culpa e solidão
Um dia esse sangue corria
Como vida, como ilusão

Esse sangue corria
Fluido vital, puro calor
Agora esse sangue corre
Sem vida, apenas dor

A sede que está na boca
Tão desesperadora
Não há agua que a acabe
Não há agua que a vida devolva

O oxigenio me falta
Me falta a respiração
Me falta a cor da pele
Me falta um coração

Esses braços que me seguram
Esses braços eu desprezo
Não há lagrimas nesse mundo
Que faça o meu regresso

Esses braços que me seguram
Esses braços não me entendiam
Agora é tarde, Adeus
Acabei com a minha vida 


28/11/2002

Me negando

Eu sorri quando eu quis chorar
Disse sim quando quis dizer não
Evitei quando não quis evitar
Neguei o que queria o meu coração

Aceitei todos os nãos que recebi
Tentei não arder de paixão
Caminhei sem saber pra onde ir
Joguei fora toda a minha ilusão

Mas eu não quero me perder
Negando aquilo que eu sou
Não quero esquecer
Os sonhos que digo que acabou

Eu chorei escondida até de mim
E fui eu que aceitei a solidão
Evitei amar tanto assim
Ferindo no final meu coração

Eu disse o que me ensinaram dizer
E calada eu aceitei todos os nãos
Quando eu pude me ter
Me deixei escapar por minhas mãos

E eu tive que esconder
Todo o amor que há em mim
E aqueles que não podem me entender
Não sabem como é estar aqui
Priscila de Athaides – 10/10/02