sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Pretéritos

O tempo nos carrega ao léu

Em fractais que se dissipam com cadência

O passado é um borrão mental

Fantasiado de confusa presença

 

O ar espalha em nossos pulmões veneno

Carregado em nosso sangue contaminado

Que nos estraga a mente em laços

De um pretérito que se torna plácido

 

E se a mão alcança o céu azul-índigo

Em nossas veias escorrem-se eras

Hoje os sonhos que correm em nossos olhos

São migalhas que nos direcionam em esmeras

 

Enraizamo-nos em momentos perdidos

Tentando nutrir nossos fundamentos

E das nossas raízes sugamos memórias

Que nos aterram em frágeis lamentos

 

Priscila de Athaides – 03/11/2023