terça-feira, 19 de junho de 2007

A arte de estragar tudo

Distante de qualquer coisa que me sirva como suporte
Agora sei o que é estar perdida
Quando a noite é fria demais, solitária demais
E tudo está longe de ser alcançado
De repente tudo passa como um fleche, e tudo passa como erro...
A custo de que?
De estar aqui, perdida...
E de saber que nunca estive aqui,
Porque fui incapaz de entender até mesmo os meus desejos
Fui capaz de me abandonar e me deixar abandonar.
Diante de qualquer coisa que me serviu como suporte
Eu soube ser cruel, pequena, leviana...
Não aprendi a valorizar
Nem as pequenas e nem as coisas grandes
E ceguei os meus olhos até mesmo para mim
E eu me pergunto se vale a pena abrir os olhos novamente
Quando mais uma vez eu quero sumir...

[Priscila de Athaides – 10/09/2006]

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