quarta-feira, 22 de março de 2017

À ti, que não estás mais



Nunca fostes o meu favorito
Por vezes te fiz inimigo
A nossa fúria nos opondo,
Silenciosos nos contemplando

Sempre quis estar à sua altura
Seguindo a minha vida segura
Fostes sempre o meu norte
Meu amuleto de sorte

O teu sorriso orgulho me preenchia
De certezas no caminho que se seguia
Agora me sinto parada no tempo
Sentindo falta da segurança do seu alento

Mas ainda te tenho em sonho
Seguindo em vida, risonho
E te sinto ainda ao meu lado
Com um sentimento menos amargurado

Levo-te sempre no pensamento
Confortando-me nesse vazio turbulento
E se eu pudesse voltar atrás
Desfaria os nossos temporais

Priscila de Athaides – 22/03/2017

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