Rejeição tem feito da minha vida a sua história
Sinto que há algo de repulsivo em mim
Talvez a minha alma morta
Talvez a minha intensidade efêmera
Talvez o meu corpo exale esse podre cheiro do medo
Que espanta aqueles que se aproximam.
Mas ela sempre esteve aqui, me enchendo de esperanças
E tirando tudo, em segundos. Maldita.
Desde pequena eu senti que a solidão era minha
Me apeguei pra ver as pessoas partirem
Me aproximei pra ser cuspida,
Sempre fui aquela que ninguém se lembra
Que passará por essa terra e sumirá, sem deixar marcas.
E desde pequena sempre quis
Que a morte me ceifasse dessa terra e arrancasse todas as
raízes
Me levando pra um lugar de escuridão e esquecimento
Pra então eu estar pra sempre sozinha,
Me evaporando como álcool da mente dos que aqui ficarem.
Priscila de Athaídes – 24/06/2014