Não sou o reflexo do espelho,
Deformado pelo tempo,
Mudança constante,
Temporal e finita.
Não sou o rosto fotografado,
Congelado,
Limitado ao conhecimento passado,
Perdido.
Sou aquela que não conheço,
Construída pela posição planetária,
Limitada a carne,
Em busca da transcendência.
Sou multifacetada,
Ansiando motivos vários.
Desmistificada em Freud,
Destrinchada em genética.
Eu sou o sopro do divino
Em minha carne barrosa,
As vozes caladas
Em minha moralidade imposta.
O individual do conjunto,
O elétron do átomo,
O átomo da célula,
A terra do sistema solar.
Priscila de Athaides – 28/09/2009
2 comentários:
muito bom, gostei.
Gostei, Pri... Gosto de comparações, metáforas...
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