Sentei-me a beira das pedras do farol,
Nas terras perdidas de Paraguaçu,
E observei o trânsito caótico
De sonhos fluindo em esquinas sombrias.
Transitavam as palavras em meio aos turistas,
Muitos flashes, muitas histórias,
O nosso olhar perdido no horizonte,
Enquanto o sol enraizava-se nas águas claras
Em lágrimas que arranham essa terra trópica.
Sentei-me e ouvi a sua brisa fria
Falar-me de seus grandes olhos vazios
Abandonados em meio as pedras,
Guardando nesse mar revolto
Histórias vespertinas de paixões contidas.
Eu me perdendo em seus vermelhos cabelos de fúria,
Nas suas palavras sofridas, em seus lábios manchados,
Carregando-me em suas histórias tortas.
Nunca fostes minha em meio às mariposas mortas,
Agora és uma memória amargando em meio a brisa,
E o farol não mais me guia em tardes frias
Nesse inverno de histórias invertidas.
E se o entardecer dourava nossas faces pálidas,
Anoiteceu querida, na nossa história finita.
Priscila de Athaides – 15/09/2009
Um comentário:
Muito bom!! Sucesso pra você mocinha ;D
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