Há quem diga que está tudo reservado. A vida segue de uma forma óbvia, ainda que não aconteça da mesma forma para todos. Está tudo reservado. O amor, o ódio, a esperança, a morte, o próximo dia, casamento, filhos, trabalho, formatura, etc. Entretanto tudo que está reservado um diase revela. E aí, como proceder?
As respostas parecem óbvias, e talvez sejam, para a grande maioria. Mas então pra transformar em pó tudo o que é conquistado, basta algumas palavras que soam erradas, algumas ações que parecem imperdoáveis, basta um certo julgamento. Basta viver tentando ser único. A singularidade é a maior arma contra o indivíduo. Espera-se sempre o mesmo de todos, e todos é um conceito massivo.
E então eis que o que há de mais certo chega. Morremos e as marcas que deixamos viram pó. Somos diferentes. Somos iguais. Viramos pó. E o mundo que nos esquecerá, nos marca. Sofremos com ele e ele nos arranca todos os nossos suspiros inúteis para misturar ao ar e desaparecer.
Hoje é uma noite quente de inverno. Não há uma nota de humidade no ar e os pensamentos costumam aflorar em noites quentes de solidão. E eis o maior medo humano: Solidão.
Certa vez ouvi dizer que o homem passa a vida inteira procurando o amor e quando finalmente alguém oferece, o homem estremece. E dizem que é um mundo estranho. Está tudo ao nosso alcance para afastamos das nossas mãos. Está tudo ali, reservado. Mas e aí? O que se deve fazer quando tudo o que buscamos na nossa vida nos encara? A encaramos de volta? O conceito de felicidade é igual para todos? Todos nascemos para amar? Todos tememos a solidão? A vida é assim tão igual para todos?
Sim. É um mundo estranho e somos todos iguais diante dele, racionais e previsíveis. Talvez tudo seja fácil demais e complicamos dentro dessas longas reflexões sobre a vida. Talvez seja complicada demais nessa simplificação. Queremos ter o que nos oferecem e aceitamos o caminho mais fácil. Vivemos a custa de imagens e esquecemos que as pessoas que nos rodeiam não deveriam ser definidas com cor, gênero, opção sexual, idade, beleza, condição financeira. Generalizamos e nos esquecemos da própria humanidade. Me fale em ironia e eu apontarei para o mundo.
E então continua uma noite quente e aguardo alguém enxergar acima dos seus pré-conceitos e perceber que aqui jaz um ser humano. Imperfeito de todas as formas, como todos os outros. Perfeito para a sociedade que abraça a sua improdutividade e que bagunça com a sua cabeça para que consuma essas idéias pré-definidas de tudo o que nos rodeia. Tola de todas as formas, buscando teorias de amor inúteis e afirmações estúpidas de liberdade. Procurando não abrir a caixa de Pandora e liberar aquilo que acabaria com a esperança. Mas tudo se agarra ao óbvio e nasce um novo dia.
Priscila de Athaides – 12/09/2009
E então eis que o que há de mais certo chega. Morremos e as marcas que deixamos viram pó. Somos diferentes. Somos iguais. Viramos pó. E o mundo que nos esquecerá, nos marca. Sofremos com ele e ele nos arranca todos os nossos suspiros inúteis para misturar ao ar e desaparecer.
Hoje é uma noite quente de inverno. Não há uma nota de humidade no ar e os pensamentos costumam aflorar em noites quentes de solidão. E eis o maior medo humano: Solidão.
Certa vez ouvi dizer que o homem passa a vida inteira procurando o amor e quando finalmente alguém oferece, o homem estremece. E dizem que é um mundo estranho. Está tudo ao nosso alcance para afastamos das nossas mãos. Está tudo ali, reservado. Mas e aí? O que se deve fazer quando tudo o que buscamos na nossa vida nos encara? A encaramos de volta? O conceito de felicidade é igual para todos? Todos nascemos para amar? Todos tememos a solidão? A vida é assim tão igual para todos?
Sim. É um mundo estranho e somos todos iguais diante dele, racionais e previsíveis. Talvez tudo seja fácil demais e complicamos dentro dessas longas reflexões sobre a vida. Talvez seja complicada demais nessa simplificação. Queremos ter o que nos oferecem e aceitamos o caminho mais fácil. Vivemos a custa de imagens e esquecemos que as pessoas que nos rodeiam não deveriam ser definidas com cor, gênero, opção sexual, idade, beleza, condição financeira. Generalizamos e nos esquecemos da própria humanidade. Me fale em ironia e eu apontarei para o mundo.
E então continua uma noite quente e aguardo alguém enxergar acima dos seus pré-conceitos e perceber que aqui jaz um ser humano. Imperfeito de todas as formas, como todos os outros. Perfeito para a sociedade que abraça a sua improdutividade e que bagunça com a sua cabeça para que consuma essas idéias pré-definidas de tudo o que nos rodeia. Tola de todas as formas, buscando teorias de amor inúteis e afirmações estúpidas de liberdade. Procurando não abrir a caixa de Pandora e liberar aquilo que acabaria com a esperança. Mas tudo se agarra ao óbvio e nasce um novo dia.
Priscila de Athaides – 12/09/2009
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