sexta-feira, 28 de setembro de 2007

O Éden de Sofia


Lilith - Jhon Collier (1892)

Sofia arrasta os seus pés

Na marrom terra macia

Acanela-lhe a pele, o sol,

Enquanto caminha Sofia


Coroada de rosas vermelhas

Despetala-se Sofia

A sua pele o sol ilumina

Pálida pele, claro o dia


Ao seu redor circula a serpente

Dizendo o que não devia

Sobe-lhe as pernas, acaricia-lhe as coxas

Sussurrando palavras proibidas


E eis que encontra a chave

De todas as suas dúvidas perdidas

Na árvore que a coruja repousa

O segredo de toda a vida


E então, maior do que Adão,

Fez-se Sofia

Que, além do paraíso,

Cria o seu Éden de sabedoria


Priscila de Athaides – 28/09/2007

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