Desperto fria nessa escuridão
O vazio me ampara com o seu abraço gélido
É tudo estranho ao meu redor
Tudo parece olhar para mim e não me reconhecer
Não encontro a minha estrada de tijolos amarelos
O meu lar não me conforta
Estou perdida em meu paraíso negro
Procurando saídas errôneas para o meu pesadelo vivo
E, assim como uma estátua em ruas que fervilham,
Me sinto só, com os meus pensamentos tolos
Desperto, apenas, sem nunca despertar
E viver a vida e sentir vive-la, não vivo
Eu caminho nessa estrada escura
Não enxergo a luz, não enxergo além
Apenas trevas que não dissipam
E eu caminho, enevoada
Inconstante, como a divina lua
Cheia de fases, cheia de faces, cheia de mim.
A lua aparece clara em minha noite contínua
E ainda assim não vejo a sua fria luz
Sinto o meu corpo congelar, assim como as idéias,
E o tempo, falso aliado,
Passa traçando em meu rosto caminhos amargos
Correndo em meu corpo
Cíclico, rápido
Como se me forçasse a acompanhá-lo
Despejando em mim memórias vazias
E me dando a certeza de que partirei
E nada de mim deixarei
Nada comigo levarei...
Priscila de Athaides – 21/09/2007
Um comentário:
Hum... Ficou bem legal mesmo! Algumas referências a outras coisas... (tipo o dark paradise =o)
Ganbatte kudasai! =D
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