sábado, 12 de abril de 2008

Triste

Eu olho para as minhas fotografias
E vejo meu olhar sempre distante
Como a minha alma distorcida
Que contrasta com o meu sorriso
Congelado no tempo
E é tudo o que conseguem ver
Ninguém vê a loucura dos meus passos
Eu caminho flutuando entre os espaços
Meu pensamento é a determinante morte
O sentimento de não existência
Que me sufoca, porque é tudo o que sei
O mundo é um lugar pequeno e mudo
É claustrofóbico viver
E sentir a vida correr entre meus pés
Enquanto estou suspendida
É como se o ar dopasse as idéias
E os movimentos fossem sempre lentos
Trancando a fala
E distribuir palavras pesasse toneladas
Me zonzeando por dentro.
E então eu vejo em meus olhos
A mudança com as décadas
O olhar distraído com o tempo
Que me diminui infantilmente
Porque a alma fragmentou-se
E a tristeza não me aquieta.
Priscila de Athaides – 12/04/2008

3 comentários:

Anônimo disse...

Hm. Triste.

Sabe,acho que voce se sentiria bemmelhor se tivesse aparecido aqui. Feijão,pessoas legais, boa musica - surely beats crying.

=~

Siomara Dias disse...

"...E distribuir palavras pesa toneladas

Me zonzeia por dentro..."

adorei esses versos!

de fato, vc escreve mt bem, Pri!
Virei aqui mais vezes...
=)


Bjus!

Preta Guerra disse...

Olá, Byroniana... Seu estilo é bem escuro, melancólico e triste, no entanto passa beleza e experiências boas.