O coração bombeia
O último respiro sofrido,
O pesado respirar mortífero
Da mãe dos suspiros.
A dança da morta viva,
A bailarina despida
De pés sangrentos,
Movimentos entorpecidos,
Sangue azul avermelhado
Vermelho sangue
Guache aguado.
Escondido na íris azulada,
Labirintos deformados
Conhecimentos cautelosos,
Bruxaria condenada,
Da rainha negra,
A bruxa, putrificada
Alma vazia degenerada.
Afundando em um mar metálico
Nos fios cortantes de prisão carnal,
Respira pesadamente
Pelo som da lâmina manchada,
Vermelho sangue secular,
Liberdade desesperada,
Liberdade não alcançada,
Partindo os vitrais
De passados exagerados
Imaginário camuflado
De magia maléfica,
As três mães,
As três deusas,
As três bruxas,
A lágrima,
O suspiro,
As trevas,
A mãe suspiria nascida
No imaginário visionário distorcido,
A poética da morte por mãos
Que etérea o mundo sobrenatural.
Quem tem medo de Helena Markus?
Priscila de Athaides – 08/04/2008
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