sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Jóias Perdidas

Adeus folhas que vão
Pelos ventos do outono
Hoje o dia penumbra
Mergulha nos lábios salgados
Caminha nos olhos fechados
Como temporais de areias
Cobrem as jóias do tempo
As eternas jóias perdidas.
Mas hoje os olhos abrem
Revê a face do passado
Que mastiga o órgão pulsante
Sacia-se do sangue latente
E bombeia a vida daquele que não sentia
E hoje sente
Lembranças que trazem saudade...
Adeus folhas que vão
E que retornam com o tempo
Para serem espalhadas nas horas instáveis
E pesar na memória como as jóias perdidas...

Priscila de Athaides - 09/11/2007

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