A minha mente pesa em chumbo
Maquinando em suas lacunas
Respostas que não são preenchidas
Entre a bagunça aqui deixada em brumas
Tudo é caos em meu corpo
Agora suspenso em infundadas mágoas
Emergindo-se dessa enchente
Que me afogou em profundas águas
Eu continuo aqui remoendo
A punição que me foi imputada
Carregando em minhas costas
Essa imensidão em mim sitiada
E as promessas emanadas
Que se condensavam em minhas mãos
Agora se desfazem em gotículas
Que se evaporam nas horas que me perpassam em vão
Mas os meus passos me levam de volta
Para o caminho que eu procurei delinear
Minha ânsia já não me leva embora
Para outro horizonte que parecia se apresentar
E enquanto o mundo continua mexendo
As peças que traçam a minha história
Eu me conformo em meu lamento
Vislumbrando-te precipitadamente ir embora
Priscila de Athaides - 27/11/2021
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