Eu não perdoo os teus pecados,
Isso está fora do meu controle.
Procuro justificar os teus atos
Respondendo perguntas sem verdades
Que me remoem em sentimentos vãos.
Os nossos planos interrompidos
Me invadem em psiques noturnas
Criando histórias que não sobrevivem
À pálida luz do amanhecer
Que desfalecem ao tocar os pés no chão.
Eu não me reconheço
Nas histórias que me invadem,
Elas apenas me impedem de caminhar
Me sufocando nessa prisão mental
Que me comprime em ecos.
A sua voz ainda sussurra
Em minha mente letárgica
Mentiras que não me pertencem
E me imergem em memórias criadas
Sem resoluções que me satisfaçam.
Sopro ao mundo os meus tormentos
Que não me deixam prosseguir
E não me fazem retornar
Anestesiada nessa rotina sem ciclos
Amargando-me em futilidades que me isolam.
Espero que o tempo me invada a mente
Com as ondas desse mar profundo
Assim como em outras histórias que se foram
Afogadas no esquecimento
Que já não me desperta mais.
Priscila de Athaides – 29/08/2017
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