Nada restou daquela que eu fui
Enquanto me mantenho
Em algum canto de mim perdida...
Em meus olhos sobrou apenas esse vazio imenso
Como se meus sonhos fossem pesadelos
Que me tomam o tempo
Enquanto eu caio
Na imensidão que me acoberta...
Quando eu acordar espero que essa escuridão
Se vá de vez dos meus pensamentos
Porque essa alma fria e negra
Sente que não agüenta mais sofrer
Dessa tristeza que me tomou o coração.
Nada restou dos meus sonhos de criança
Nem mesmo o sorriso
Nem mesmo as lágrimas
Nem mesmo a esperança que eu tinha
Há muito tempo já esquecida
Nas profundezas desse ser gelado
Nos olhos que já não enxergam mais nada
Além desse mundo negro e tempestuoso
E se há algo que ainda me sustenta
Por favor me deixe partir
Para onde eu não conheça dor
Onde eu poderei sorrir
E não derramar nenhuma lágrima
Nesse rosto que conhece bem a solidão
E não quer mais prová-la...
Priscila de Athaides – 07/06/04
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