Da minha janela vejo um mundo que desprezo,
Que diz que me pertence
E cultua o Deus dinheiro.
Vejo a todos e os vejo mortos
Caminhando para lugar nenhum,
Chamando de destino
O que eu chamo de fim.
Daqui vejo faces de solidão
Que os tornam independentes.
Adormecidos,
Vivem sonhos vazios
Consumindo-os enquanto os tornam pó,
E morrem em overdoses de narciso.
Eu observo as mães alimentando os seus filhos
Com filosofias vãs de morais falidas,
Os pais ignorando as horas
Em frustrações que chamam maturidade,
E os filhos isolados em seus quartos
Digitando mil palavras sem sentido.
Eu me vejo e ignoro
Que colidi com o concreto,
Buscando sentidos que me completam
Perdidos em lugar comum.
Priscila de Athaides – 27/08/2009
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