quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Aurora

Aurora

Não sabes da tristeza que me trazes agora

Quando me despertas dos meus sonhos

E me lembras da amargura

Que se apossou da minha alma

Após o desvio daquele olhar

Ah! Maldita Aurora!

Não sabes que eu vivo em eterna escuridão?

Minhas lágrimas me contam histórias

Sobre aquele que se foi...

E agora a minha companheira és tu, aurora

E as tuas góticulas de orvalho

Que se espalham pela minha janela

Como nódoas do adeus...

Mas eu não posso enxergar a tua luz

Iluminando o meu negro quarto

Pois a tristeza me arrancou a visão

E me resta apenas um mundo gris

E tu, Aurora, que és solidão!

Priscila de Athaides – 12/04/2003

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