Aurora
Não sabes da tristeza que me trazes agora
Quando me despertas dos meus sonhos
E me lembras da amargura
Que se apossou da minha alma
Após o desvio daquele olhar
Ah! Maldita Aurora!
Não sabes que eu vivo em eterna escuridão?
Minhas lágrimas me contam histórias
Sobre aquele que se foi...
E agora a minha companheira és tu, aurora
E as tuas góticulas de orvalho
Que se espalham pela minha janela
Como nódoas do adeus...
Mas eu não posso enxergar a tua luz
Iluminando o meu negro quarto
Pois a tristeza me arrancou a visão
E me resta apenas um mundo gris
E tu, Aurora, que és solidão!
Priscila de Athaides – 12/04/2003
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