Eu sinto o cheiro do vento
Espalhar-se em minhas narinas,
Como a cor azul
Eu sinto que o vento passa e fica
Deslocando-se em minha pele
No meu pranto nú.
Eu vejo as luzes se acenderem
De tons vermelhos e amarelos
Ascendem-se em teu sorriso esmero
Teus olhos, teus olhos
Amendoados de lágrimas outrora cruas,
E eu te alcanço como um demônio
Ao ver-te partir e me partir entrelaçada
Em tua eterna lembrança
Que esvai-se nas trevas do tempo.
Vejo-o sempre distante
Ainda que os órgãos se encontrem
Em fugaz momento traiçoeiro
Te aguardando primitiva,
Então perco-me no azul do vento.
Priscila de Athaides – 05/09/2008
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